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domingo, 22 de julho de 2012

Splatterhouse - A alma de um filme trash em um game

Filmes de terror desde sempre fizeram muito sucesso nas telonas, não é de hoje que assassinos em série, demônios, fantasmas e cientistas loucos aterrorizam heróis desavisados.
Mas e os games? Antigamente não era comum jogos com temas adulto/horror, mas há anos atrás um jogo foi além e nos mostrou que monstros e sangue podem fazer sucesso nos games também.
Em um tempo onde não existia Resident Evil e filmes do Jason dominavam, eis que a Namco cria Splatterhouse, um game com toda a essência de um filme de terror trash.
Vamos conhecer essa franquia de clássicos, em uma verdadeira viajem ao inferno...
Let's go!



Splatterhouse - 1988 - Arcade



Um dos pioneiros do terror nos games, Splatterhouse inovou na época por mostrar violência explícita e muito sangue.
O enredo do game é típico dos anos 80: espanque o que vier pela frente e salve sua garota...
Claro que não é tão simplório assim...
Rick Taylor e sua namorada Jennifer Willis são um casal estudante de parapsicologia (alguém pode me dizer o que é isso?) e decidem ir investigar a mansão abandonada de Dr. West.
Até ai tudo bem, só que quando entram na mansão misteriosamente aparecem criaturas horrendas que sequestram Jennifer e facilmente derrotam Rick...
Quando tudo parecia perdido eis que surge A MÁSCARA DO TERROR que garante grandes poderes a Rick.
Sem reclamar muito o jovem vira um marombado cheio de raiva pronto para o resgate.
O enredo não é grande coisa, mas naquela época qualquer pretexto para sair espancando alguém era válido.

A máscara do terror, ou será a mascará do Jason mesmo...?

O jogo é um side-scrolling bem básico, Rick pode pular, atacar, se agachar e dar rasteiras além de poder soltar voadoras no melhor estilo Van-Danme.


Os gráficos de Splatterhouse são muito bons para a época e os detalhes até hoje impressionam, para cada inimigo há um tipo de morte e dependendo da arma que você estiver o efeito da morte será diferente.


O som combina com o clima de terror do jogo, porém Rick não tem voz e só solta uns mugidos de vez em quando... vai entender.
O controle responde bem, mas Splatterhouse não é um jogo fácil, algumas partes requerem precisão cirúrgica para passar.

Splatterhouse, saiu para o PC Engine, mas a máscara de Rick foi
alterada para a cor vermelho, provavelmente para evitar um processo dos donos
da série Sexta-Feira 13

No mais Splatterhouse é um bom game, além de ser muito inovador para época até hoje ele diverte bastante.



Splatterhouse 2 - 1992 - Mega Drive


Capa Japonesa e Americana, respectivamente.

A matança continua, três meses depois dos acontecimentos da mansão Jennifer aparentemente está morta, já que Rick aparentemente a espancou até a morte no primeiro jogo, que ela aparentemente vira um demônio, mas aparentemente não era ela, então aparentemente Rick precisa ir até o inferno e salva-la... não consigo parar de escrever aparentemente...
PORQUE APARENTEMENTE EU NUNCA ENTENDI A PORCARIA DO SEGUNDO GAME...
O cara mata a mulher, mas ela não morreu, mas ela está no inferno, então temos que levantar nosso rabo gordo e ir salva-la...


Bem quem sou eu para julgar, o que importa é que Splatterhouse 2 é um ótimo game, os gráficos estão muito detalhados e bem feitos, é ainda mais legal espatifar e fatiar monstros.
Um detalhe importante é que a máscara foi reformulada, na versão americana ela parece com uma caveira, já na versão japonesa ela lembra uma pintura kabuki.
O som melhorou em relação ao primeiro mas nada épico ou grandioso.
A jogabilidade se mantém igual ao primeiro e o sistema de jogo é o mesmo, continua com a dificuldade elevada, mas agora temos passwords para facilitar a vida.
Splatterhouse 2 foi um dos primeiros games em um console caseiro a ter tanta violência e sangue, o que na época deixou muita gente de boca aberta.



Splatterhouse 3 - 1993 - Mega Drive


Ah esse é o meu favorito, e acredito que o de muita gente também...
Aqui a Namco inovou e reformulou toda a jogabilidade e transformou o game em um Beat'Em Up, no melhor estilo Final Fight.


Rick vivia tranquilo com sua amada Jennifer e seu pimpolho David, os três compraram uma mansão e viviam tranquilamente até que as forças malignas lideradas por Evil One sequestram Jennifer e David.
Sem alternativas e desesperado Rick não sabe o que fazer, até que a máscara aparece e lhe oferece seus poderes para ajudar.
Então mais uma vez Rick usa a máscara do terror para distribuir hematomas e desmembramentos à criaturas do inferno.


Aqui vemos a máscara com consciência própria e agora ela dá dicas e guia Rick pelo jogo.
Os gráficos são um show à parte, mostrando que o Mega Drive tinha um enorme poder gráfico, quando usado corretamente.
Durante as fases são mostrados imagens digitalizadas que vão contando a trama.


A jogabilidade é muito boa, Rick pode dar socos, voadoras, agarrões, cabeçadas e um chute giratório que arrebenta com tudo.
A novidade fica por conta da transformação de Rick, ele vira um monstro musculoso com ataques ultra-poderosos, porém mais lentos, o que faz o jogador usar certas estratégias para quando ou não usar as transformações.



As armas continuam presentes porém com efeitos menos grotescos que antes.
O som se mantém bom com músicas que se encaixam perfeitamente no clima.
Vale lembrar que o jogo possui 4 finais dependendo se você salvou Jennifer ou David, para isso você precisa terminar as fases a tempo, que são verdadeiros labirintos.
A cada fase existem diversas portas que podem levar o jogador para atalhos, mas o objetivo principal é chegar ao X marcado no mapa, que é onde o chefe da fase se encontra.
Splatterhouse 3 é um dos melhores títulos do Mega Drive e devido aos 4 finais, o mesmo tem um fator replay bem alto. Recomendadíssimo!


Splatterhouse - Ps3/Xbox 360 - 2010


Passaram-se anos desde Splatterhouse 3 e foi só em 2010 que a Namco resolveu atiçar os fãs com as primeiras imagens de Rick em HD...
Mas a espera valeu a pena? o jogo é bom? Ou foi só uma tentativa falha de reviver um velho game?
Meus caros, vou aqui expressar minha opinião como fã e como jogador crítico que sou...
O meu voto para o game é extremamente positivo, vou lhes contar o porquê.
Splatterhouse é um Beat' Em Up clássico em um sistema moderno, provavelmente esse é o motivo de alguns sites e revistas terem dado notas tão baixas para o game, coisa que não consigo entender...
O enredo é uma mistura do primeiro game com algumas novidades, mas tudo que aprendemos a amar nesse universo grotesco está lá, Dr. West e seus demônios, a máscara falante, que devo dizer, ficou impossível não gostar dela, o bicho é extremamente arriado e debochado, muito legal, só Rick e Jennifer foram reformulados, Rick é um nerdão de faculdade e Jennifer é uma metaleira gostosa, fora isso o game continua detonante.

Rick e Jenny de cara nova.

Os gráficos são muito bons, eles tem um estilo cartunesco lembrando um pouco Brutal Legend, mas lembremo-nos que a sanguinolência e carnificina são extremas aqui, muito mais que no jogo antes citado.
O som é uma pauleira só, Death Metal no talo, com presença até da banda brazuca Cavalera Conspirancy, bom demais.
A jogabilidade é ótima, Rick possui um extenso arsenal de combos e golpes, transformando nosso herói em uma verdadeira máquina de matar. Rick também pode se transformar em um monstrão como no terceiro game, porém aqui ele fica invencível e seus golpes arregaçam com tudo.



Dr. West e suas criações

Outro detalhe são os "Splatter Kills" uma espécie de fataliy que se pode usar quando um inimigo está perto da morte, também é possível recolher fotos de Jenny totalmente pelada, assim como encontrar gravações do Dr. West revelando ainda mais detalhes da trama.


Em algumas partes o game fica em visão side-scrolling

Splatterhouse é um game da velha guarda, não há puzzles mirabolantes, nem fases com exploração muito grande, mas todos os cenários são ricos em detalhes e muito bem feitos.
Não se deixe enganar pelas notas baixas de certos sites e revistas, Splatterhouse é um grande jogo, lembrando demais os velhos Beat'Em Up's das antigas, vale muito a pena descer até as profundezas do inferno mais uma vez para salvar uma garota, e devo dizer, fatiar demônios com uma moto-serra é muito relaxante...




Bonus Game - Splatterhouse: Wanpaku Grafitti - NES (Famicom) - 1989


Pouca gente sabe, mas o Famicom (o NES japonês, até rimou) também teve sua versão de Splatterhouse. É claro que a Nintendo cortou toda a violência do game é o transformou em uma versão Super Deformed, ou Chibi para os Otakus de plantão.
No game Rick é ressuscitado por Jennifer, que acaba sem querer, também ressuscitando o maligno Pumpkin King, que adivinha?
Sim! Ele sequestra Jenny.
E Rick tem que fazer o que?
Isso mesmo! Ele tem que salva-lá.
Como já viram, mulheres em perigo era quase uma lei para games antigos, bem pelo menos funcionava...
Splatterhouse W.G. é um joguinho bem atraente, os gráficos são bons e a jogabilidade também.
É um ótimo título para o NES, pena que o sangue foi retirado completamente, porém coisas bem engraçadas foram adicionadas, como um chefe que dança como Michael Jackson em Thriller, ou uma privada que atira merda em Rick... Cara isso sim é perigo.
"It's Thriller, Thriller all night!!!"


O game é bom e vale umas jogadas.

Era isso, até a próxima, abraços sangrentos!